O Ministério da Economia anunciou nesta quinta-feira (21/10/2021) que dois secretários da pasta pediram exoneração de seus cargos: o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.
Em nota, o ministério disse que “a decisão de ambos é de ordem pessoal”. Além dos dois, também pediram exoneração a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.
As demissões ocorrem em meio a concessões feitas pelo ministro Paulo Guedes em relação ao equilíbrio fiscal. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a ala do governo ligada ao Centrão têm apresentado propostas de programas sociais que, para serem custeados, demandariam um estouro do teto de gastos.
Na quarta-feira (20/10/2021), o ministro João Roma, da Cidadania, anunciou um aumento de 20% no Bolsa Família — que passa a se chamar Auxílio Brasil –, bem como um acréscimo temporário para que as famílias assistidas recebam R$ 400. Já nesta quinta (21), Bolsonaro anunciou um auxílio para caminhoneiros autônomos custearem o diesel — também no valor de R$ 400. Nenhum deles especificou, porém, de onde sairiam os recursos.
Depois do anúncio do Auxílio Brasil, Guedes chegou a dizer que o governo pediria uma “licença para gastar” e estourar o teto de gastos. As decisões sobre os programas e a fala do ministro da Economia fizeram o dólar subir e a Bolsa despencar.
Ministério de Minas e Energia
Pouco depois do anúncio da demissão dos secretários da Economia, um outro secretário, do Ministério de Minas e Energia, pediu para deixar o cargo para atuar na iniciativa privada. Trata-se de José Mauro Ferreira Coelho, que conduzia a área de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do ministério.
A saída de coelho veio após o presidente Jair Bolsonaro anunciar um benefício para caminhoneiros, sem informar a fonte dos recursos.
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