O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou “condenar fortemente” a decisão da Coreia do Norte de reconhecer oficialmente a “chamada” independência das regiões de Luhansk e Donetsk, ocupadas pela Rússia, na Ucrânia, de acordo com um comunicado divulgado nesta última quarta-feira (13/07/2022).
Em resposta, o governo ucraniano anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), nome oficial do país.
“Consideramos esta decisão como uma tentativa de Pyongyang de minar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, uma violação grosseira da Constituição da Ucrânia, da Carta da ONU e das normas e princípios fundamentais do direito internacional”, explicou o comunicado da pasta.
Por quase oito anos, os dois enclaves separatistas de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, foram palco de uma guerra de baixa intensidade, que deixou mais de 14 mil mortos, entre separatistas apoiados pela Rússia e forças ucranianas.
A guerra eclodiu em 2014 após os rebeldes apoiados pela Rússia tomarem prédios do governo em vilas e cidades do leste da Ucrânia.
Intensos combates deixaram partes de Luhansk e Donetsk, na região de Donbas, nas mãos de separatistas apoiados pelos russos.
Também em 2014, em um movimento que provocou condenação global, a Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia.
A ação da Coreia do Norte na quarta-feira faz com que ele seja o único país, além da Rússia e da Síria, a reconhecer os dois enclaves separatistas.
“O apelo da Rússia à RPDC por apoio na legitimação da anexação forçada de uma parte do território ucraniano fala mais sobre a toxicidade de Moscou do que a de Pyongyang”, apontou o ministro ucraniano das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em nota do ministério.
“A Rússia não tem mais aliados no mundo, exceto países que dependem dela financeira e politicamente, e o nível de isolamento da Federação Russa em breve atingirá o nível de isolamento da RPDC.”
*Informações do site CNN Brasil
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