Após suspender o auxílio, Bolsonaro critica governadores que pagam benefício

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de sanção do projeto de lei (PL 1.095/2019) que aumenta pena para crimes de maus-tratos a animais.

Após a suspensão do ‘Auxílio Emergencial’ em dezembro do ano passado por decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), hoje (12), o chefe do Executivo continuou prestando desserviço e seguiu minimizando ações de combate à pandemia, que já matou mais de 273 mil brasileiros. Em conversa com apoiadores, mais uma vez o foco de Bolsonaro foi os governadores. Ele criticou o benefício pago pelos cofres estaduais a pessoas impedidas de trabalhar durante a pandemia de coronavírus.

Sem pensar na necessidade do povo, Bolsonaro afirmou que isso é uma forma de tirar a “liberdade” das pessoas aos poucos por causa das políticas de confinamento e toque de recolher. “Você vê que tem governador agora que está falando em auxílio emergencial, né?”, disse o presidente a um grupo de apoiadores no jardim do Palácio do Alvorada, em Brasília, na manhã de hoje. “Ele quer fazer o ‘Bolsa família’ próprio. Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo”, disse.

Atualmente, três estados e o Distrito Federal pagam ou discutem o pagamento de um auxílio emergencial bancado com seus próprios recursos. “O pessoal vai devagar, devagar, tirando seus meios, sua esperança, seu ganha-pão. Você passa a ser obrigado a ser sustentado pelo Estado”, declarou Bolsonaro. O presidente tem insistido em declarações que tem dado nos últimos dias. Ele afirmou que “o que nós temos mais de sagrado é nossa liberdade”, mas que as pessoas não se importam com isso. Voltou a repetir a fala do ano passando que, segundo ele, seria “fácil impor uma ditadura no Brasil” a partir dessas medidas de restrição de circulação.

Ao conversar com apoiadores, Bolsonaro disse ser contra o confinamento para evitar o contágio do vírus, contra o toque de recolher à noite e contra o auxílio emergencial pago pelos estados, ainda que haja falha na administração federal no enfrentamento à pandemia. O governo, porém, articula com o Congresso uma nova rodada de pagamentos do benefício. Ao todo, R$ 44 bilhões deve ser liberado para fazer os repasses às pessoas atingidas economicamente pelas medidas de restrição de circulação.

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