O governo do presidente Lula (PT) foi surpreendido pelo voto favorável do líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), à PEC que limita decisões monocráticas do STF. A decisão gerou preocupação no Planalto, temendo retaliações dos ministros da corte. Wagner agiu contra a orientação do PT, causando reações negativas dentro do partido.
Magistrados expressaram descontentamento, alegando falta de apoio do Palácio do Planalto. Acredita-se que o voto de Wagner foi crucial para a aprovação da PEC no Senado. Agora, o governo busca o presidente da Câmara, Arthur Lira, para barrar a proposta.
A decisão de Wagner também impacta questões econômicas, como os precatórios, com o governo buscando estratégias para evitar uma crise fiscal em 2027. O embate entre STF e Senado preocupa o governo, que tenta manter o diálogo com a corte para avançar em pautas importantes.
Além disso, o critério de correção do saldo do FGTS é outro ponto de interesse, com o governo buscando um acordo com o STF. A avaliação é de que o líder do governo pode ter feito um cálculo equivocado ao apoiar a PEC, tentando se aproximar da oposição.
Wagner defendeu sua decisão como pessoal, alegando um acordo para evitar interpretações de intervenção do Legislativo. O episódio revela tensões internas e desafios para o governo em questões legislativas e judiciais.