O presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a gravidade dos impactos da Ômicron no Brasil e sugeriu que esta cepa da Covid-19 é “bem-vinda”. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (12), durante entrevista ao site Gazeta Brasil.
“[A] ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem: que ela tem uma capacidade de difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena”, afirmou o presidente. “Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveriam até… Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias —e não vinculadas a famarcêuticas— dizem que a ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia”, acrescentou.
Bolsonaro chegou a dizer que a Ômicron “não tem matado ninguém” e alegou que a morte em decorrência da variante, confirmada em Goiás, se deu porque o paciente já tinha “problemas seríssimos”.
Durante a entrevista, o presidente voltou a colocar dúvidas sobre a segurança das vacinas e disse ter determinado que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgue casos de efeitos colaterais causados pelos imunizantes.
As declarações de Bolsonaro vão de encontro ao defendido por especialistas, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Eles alertam que, embora a Ômicron seja menos letal, pode provocar sobrecarga nos sistemas de saúde e, consequentemente, afetar as populações mais vulneráveis.
Sobre a possibilidade da variante apontar para o fim da pandemia, é apenas um dos cenários apontados pelos epidemiologistas, mas não uma certeza. Os especialistas pontuam que é possível que o vírus sofra novas mutações, que podem ser menos ou mais letais.