A Belarus, também conhecida como Bielorrúsia, anunciou, neste último domingo (27/02/2022), a aprovação de um referendo que determinou a remoção do status de “não nuclear” da constituição do país. Segundo o presidente Aleksander Lukashenko, que é aliado de primeira hora do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a resolução foi aprovada por cerca de 65% da população – somente 78% dos cidadãos bielorrussos compareceram ao plebiscito.
A nova ‘Lei Fundamental’ permite que armas nucleares fiquem estacionadas no território de Belarus, pela primeira vez desde 1991, quando a ex-república soviética abdicou das ogivas herdadas após a queda da URSS, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que teriam sido transferidas para a Rússia.
Em um dos pontos de votação, Lukashenko levantou inclusive a possibilidade de pedir ao presidente russo para que o material bélico soviético seja devolvido ao governo bielorusso. “Se vocês [países ocidentais] transferirem armas nucleares à Polônia ou à Lituânia, para as nossas fronteiras, vou dizer a Putin para devolver as armas nucleares que dei sem nenhuma condição”, ameaçou o presidente bielorusso, respondendo às recentes restrições econômicas anunciadas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e demonstrando seu alinhamento ao discurso de Vladimir Putin.
Mais cedo, a Belarus, que vem sendo duramente criticada por disponibilizar o seu território, que faz fronteira com a Rússia e a Ucrânia, para servir de base militar russa durante a invasão ao território ucraniano, foi alvo de mais um pacote de sanções pela União Europeia (UE). De acordo com Ursula von der Leyen, serão implementadas medidas restritivas a alguns dos setores mais importantes da economia do país, como a exportação de minério de ferro, tabaco e aço.
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