O Ministério da Defesa russo diz que considera fechar a usina nuclear ocupada de Zaporizhzhi, ao sul da Ucrânia, provocando um alerta da agência nuclear estatal ucraniana de que isso representaria um risco de desastre.
A “evolução negativa” da central pode obrigar a Rússia a considerar a possibilidade de “colocar as 5ª e 6ª centrais” na ‘reserva fria’, o que levaria ao “encerramento da central nuclear de Zaporizhzhia”, disse o ministério em um comunicado nesta quinta (18/08), culpando a Ucrânia por bombardear o local. As autoridades ucranianas refutaram as alegações, acusando a Rússia de estar por trás dos ataques que danificaram o complexo.
“Devido à desconexão dos geradores da usina nuclear [Zaporizhzhia] do sistema elétrico ucraniano, eles não poderão ser usados para suas próprias necessidades de resfriamento de combustível em caso de falta de energia na usina”, disse a Energoatom em um comunicado no Telegram nesta quinta. “Isso se aproximará do possível cenário de uma catástrofe radiológica na maior usina nuclear da Europa”.
A usina é o foco de crescente preocupação global depois que semanas de aumento de bombardeios provocaram pedidos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que especialistas pudessem visitar a instalação e levantaram temores de um possível acidente nuclear.
Ambos os lados tentaram destacar o outro pela ameaça de terrorismo nuclear.
O bombardeio ucraniano danificou sistemas auxiliares de apoio, como piscinas e outros equipamentos que mantêm os reatores resfriados, segundo o ministério, que acusou as forças ucranianas de realizar 12 ataques às instalações usando mais de 50 foguetes, artilharia e cinco drones kamikaze.
A Ucrânia negou consistentemente as acusações e culpou a Rússia por bombardear a usina, além de usá-la como escudo para disparar contra posições ucranianas em Nikopol, na margem oposta do rio Dnipro. A Rússia também negou as acusações ucranianas.
“Estamos prontos para enviar à AIEA imagens reais de alta resolução provando que armas, especialmente pesadas, não estão colocadas no território desta estação”, afirmou o Ministério da Defesa russo.
“Sabemos que na presença de um grande número de satélites militares e comerciais estrangeiros, a mesma informação pode ser apresentada ao mundo do lado norte-americano”, acrescentou.
*Informações do site CNN Brasil
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