A Polícia Federal confirmou nesta quarta-feira (3) que a investigação sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra Covid no sistema do Ministério da Saúde encontrou evidências de adulteração no documento de imunização do ex-presidente Jair Bolsonaro, a fim de exibir a contabilização da vacina contra o coronavírus.
Agentes da corporação cumpriram mandados de busca e apreensão no condomínio em que Bolsonaro mora, em Brasília, e confiscaram seus celulares, juntamente com os da ex-primeira-dama. Através da análise dos dispositivos, a Polícia Federal constatou que os comprovantes de vacinação do ex-presidente, sua filha e seu braço-direito, Mauro Cid, foram adulterados, mesmo que nenhum deles tenha de fato recebido a vacina contra a Covid. Michelle Bolsonaro, por outro lado, não teve seus dados fraudados e teria recebido a vacina da Janssen há algumas semanas, quando retornou dos Estados Unidos com seu marido, de acordo com a apuração de Valdo Cruz.
A ação da Polícia Federal resultou na prisão de seis pessoas, incluindo dois seguranças de Bolsonaro e Mauro Cid.