Justiça determina prisão temporária de suspeito pelo desaparecimento do jornalista inglês e do indigenista na Amazônia

Após audiência de custódia realizada na noite desta última quinta-feira (09/06/2022), a juíza Jacinta Silva dos Santos, titular da Comarca de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas, determinou a prisão temporária de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. Ele é, até o momento, o principal suspeito no caso de desaparecimento do indigenista e servidor público Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, ocorrido no município no último domingo (05).

A prisão temporária foi um pedido da Polícia Civil do Amazonas que investiga o caso. O período da prisão é de 30 dias corridos, podendo ser prorrogado por mais 30 e, segundo a juíza, a medida é necessária por se tratar de um crime hediondo. O processo tramita em segredo de justiça.

Durante a audiência de custódia, Amarildo recebeu assistência de um defensor público estadual que participou via videoconferência, assim como o promotor de justiça que acompanha o processo. A juíza e Amarildo ficaram frente a frente na sala.

Além de suspeito de participação no desaparecimento do indigenista brasileiro e do jornalista inglês, Amarildo da Costa Oliveira também é investigado em um processo por crimes contra o Sistema Nacional de Armas (Lei n.º 9.437/1997), por irregularidades no registro e no porte de armas de fogo. Quando foi preso, na terça-feira (07/06), ele transportava entre outros objetos suspeitos, munições de uso restrito calibre 7,62.

Ainda na quinta-feira (09), peritos das polícias Civil e Federal encontraram vestígios de sangue no barco que Amarildo pilotava quando foi detido. As amostras foram encaminhadas para Manaus, onde serão analisadas para identificarem se são de sangue humano. Impressões digitais também foram encontradas e serão analisadas para saber se são dos dois desaparecidos.

Testemunhas afirmam ter visto Amarildo, na lancha que foi apreendida, perseguindo Bruno e Philips na manhã de domingo. Os dois não foram mais vistos após deixarem a comunidade ribeirinha de São Rafael com destino à Atalaia do Norte, próximo a Reserva Indígena Vale do Javari, no extremo oeste do estado do Amazonas, próximo à fronteira com o Peru. Eles estavam em uma embarcação nova, com combustível suficiente para a viagem.

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