Um primeiro caso de Covid-19 foi identificado na vila olímpica, anunciado neste sábado (17/07/2021) pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio. “Este é o primeiro caso registrado na Vila e foi detectado na chegada”, confirmou Takaya Masa, porta-voz do comitê, sem especificar se é um atleta ou se faz parte da equipe técnica nem de qual delegação a pessoa vem.
As Olimpíadas de Tóquio, programadas para 23 de julho a 8 de agosto, foram adiadas por um ano devido à pandemia, e medidas rígidas de saúde foram implementadas no Japão para que o encontro planetário possa ser realizado.
“Estamos fazendo tudo o que podemos para evitar qualquer desenvolvimento da Covid-19. Se descobrirmos que há contaminação, temos um plano para responder”, disse Seiko Hashimoto, presidente do comitê organizador.
A menos de uma semana da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, a capital japonesa não tem coragem de comemorar esta contagem regressiva, já que os casos locais de Covid-19 continuam aumentando e o estado de emergência de saúde foi posto em prática na última segunda-feira até 22 de agosto
Quase todos os eventos olímpicos acontecerão a portas fechadas e as dezenas de milhares de participantes – de atletas a oficiais, incluindo jornalistas do exterior – estão sujeitos a restrições draconianas devido a riscos à saúde.
Essas medidas não são suficientes para tranquilizar a população do Japão, enquanto Tóquio registrou quase 1.300 casos adicionais de coronavírus diariamente nos últimos dias.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, porém, garantiu na quinta-feira (15) que as medidas antiCovid nas Olimpíadas estavam funcionando e que as delegações seguiram e apoiaram essas regras. “É do interesse deles e é uma solidariedade ao povo de Tóquio”, disse Bach após visitar a Vila Olímpica.
Desculpas por assédio
O músico japonês Keigo Oyamada, que compôs um dos temas da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, se desculpou neste sábado por assediar deficientes físicos quando era estudante, informação revelada no início desta semana.
“Peço desculpas do fundo do meu coração”, disse o músico de 52 anos, conhecido como “Cornelius”, em um comunicado em que expressa “seu profundo pesar”, a apenas seis dias de distância da cerimônia de abertura.
Desde o início da semana, ressurgiram trechos de uma entrevista com Keigo Oyamada datada da década de 1990. Ele admitiu nesta entrevista ter assediado alunos com deficiência quando era estudante, sem sentir nenhum remorso na hora de suas palavras.
O comitê organizador das Olimpíadas-2020, por sua vez, considerou que esses comentários “eram inadequados”: “Desde então, lamentou os comentários feitos na época”, ao mesmo tempo em que insistia em “seu importante papel” na criação da abertura cerimônia.
Este caso arranha ainda mais a imagem das Olimpíadas, diante da hostilidade da opinião pública japonesa preocupada com o ressurgimento da pandemia de Covid.
Em março, o diretor artístico das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos, Hiroshi Sasaki, renunciou após a publicação de comentários ofensivos sobre o físico de uma celebridade japonesa que participava da cerimônia de abertura.
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