Condenado a mais de 400 anos de prisão, na soma de 23 ações, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, teve nova derrota no poder Judiciário. Ele foi condenado a indenizar uma de suas ex-empregadas domésticas, no valor de pelo menos R$ 40 mil. A Justiça define o valor a ser pago, após cálculo de juros e correção monetária.
A condenação da vez contra Cabral tem como vítima a doméstica Nelma de Sá Saraça. De acordo com o Ministério Público, o político usou o nome e o número de CPF dela para registrar um aparelho celular em nome da empregada. Nelma teria sido, sem conhecimento, uma “laranja” do ex-governador fluminense. Ele usava o celular para manter conversas — e negociações de propinas — com empreiteiros.
No processo contra seu ex-patrão, Nelma alegou que a divulgação de seu nome na imprensa a prejudicou de diversas formas. Além de ter sido demitida do emprego, ela disse que passou a ser chamada de “a laranja de Cabral” por vizinhos em Maricá (RJ), cidade onde mora.
O número telefônico que Nelma afirma nunca ter tido conhecimento foi informado às autoridades por Alberto Quintaes, ex-executivo da construtora Andrade Gutierrez. Ele foi um dos delatores de Sérgio Cabral no âmbito da Operação Lava Jato.
Então filiado ao PMDB (hoje MDB), Sérgio Cabral governou o Rio de Janeiro de 2007 a 2014.
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