O Brasil pode ganhar um novo estado. Um projeto de criação de Tapajós, que se tornaria a 28ª unidade federativa do país, está em tramitação no Senado. O processo é complexo e passa por vários instituições políticas.
Na quarta-feira (17/11/2021), após o relator senador Plínio Valério (PSDB-AM), receber um parecer favorável à realização de uma consulta à população do Pará, o projeto entrou em pauta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não chegou a ser votado depois de pedido vistas. O tema voltará à pauta da comissão no dia 24 de novembro.
Por que dividir o estado?
A luta para a divisão do estado iniciou efetivamente como projeto ainda nos anos 1990, para a formação de mais dois estados: Tapajós e Carajás, e resultou no primeiro plebiscito em 2011. No entanto, 66,08% rejeitaram a criação do estado de Tapajós e 66,59% escolheram “não” para a criação do estado de Carajás.
Foi iniciado novo processo em 2019 para ouvir a população, mas com intuito de criar apenas o estado de Tapajós. Segundo o presidente do Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós (ICPet), Jean Carlos Leitão, a região oeste do Pará é onde há poucos investimentos.
Apesar da contabilização dos votos do estado mostrar que 66,08% dos paraenses rejeitaram a proposta de dividir o território em três estados, em 2011, as regiões onde seriam os estados Tapajós e Carajás indicaram a divisão, tendo expressiva votação pelo “sim” nas cidades de Santarém e Marabá, respectivas capitais dos novos estados.
Já em Belém o cenário foi diferente, tendo o “não” como maioria dos votos para o desmembramento do Pará.
O que diz quem é contrário à proposta?
Com a apreciação do projeto na CCJ, o governador do Pará Helder Barbalho (MDB) se mostrou contrário a proposta em dividir o estado. Para ele, o projeto é “inadequado”.
O posicionamento foi publicado nas redes sociais de Helder. No vídeo, Barbalho disse que não precisa dividir o estado e que é possível governar para todos.
“Lamentavelmente volta à tona esse assunto. Quero informar a todos os paraenses que eu pedi ao senador Jader para que ele possa, como membro da Comissão de Constituição e Justiça, pedir vistas a este projeto que é absolutamente inadequado, extemporâneo”, disse o governador.
*Informações do Portal G1
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