Fora do Brasil desde os últimos dias de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro não quer voltar ao país. A fuga para a cidade norte-americana de Orlando, na Flórida, seria parte de um plano de proteção contra uma eventual prisão do político.
Segundo informações da coluna de Leandro Mazzini, o assunto é tratado sigilosamente. Toda a família – ele, a esposa e a filha menor – pede a celeridade à Embaixada da Itália em Brasília para a emissão da cidadania italiana para o clã, mas principalmente para o ex-presidente.
Jair Bolsonaro acredita ser uma questão de tempo, até que o ministro do STF Alexandre de Moraes – ou algum juiz, quando os processos aos quais responde “descerem” para a 1ª instância – expeça mandado de prisão contra ele.
Se conseguir a cidadania italiana, e for para Roma a tempo, ele não teria que voltar ao Brasil mesmo que condenado, já que o país europeu não tem tratado de extradição.
Já os filhos com mandatos, Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro) também estão com pedido de cidadania em aberto, mas não pretendem deixar o Brasil.
Apesar do plano de Bolsonaro, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, criticou as ações terroristas promovidas pelos apoiadores do ex-presidente. Mesmo sendo uma liderança de extrema direita, a italiana se posicionou contra as invasões e destruições nas sedes dos Três Poderes, ocorridas neste domingo (8).
“O que está acontecendo no Brasil não pode nos deixar indiferentes. As imagens da irrupção nos gabinetes institucionais são inaceitáveis e incompatíveis com qualquer forma de dissidência democrática. O retorno à normalidade é urgente e nos solidarizamos com as instituições brasileiras”, disse Meloni.