O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou formalmente a União Europeia para ser observadora das eleições no Brasil, cujo o primeiro turno acontece em 30 de outubro deste ano.
O vice-presidente da Comissão Europeia, que é responsável também pelos setores de política externa e de segurança do bloco, o espanhol Josep Borrell, confirmou o convite feito pela justiça eleitoral brasileira e disse que vai consultar os 27 estados-membros do bloco, além do Parlamento Europeu sobre o chamado brasileiro.
O bloco europeu já estaria desenvolvendo um plano para enviar representantes como observadores das eleições gerais no Brasil.
Além disso, o TSE também convidou outras instituições internacionais para o envio de emissários ao Brasil para testemunhar a realização das eleições, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Centro Carter, o parlamento do grupo Mercosul e a Fundação Internacional de Sistemas Eleitorais (IFES), sediado em Washington, nos EUA. O aceite dos convites ainda está em negociação.
Convite aos órgãos internacionais vem na esteira de uma série de críticas que o presidente Jair Bolsonaro tem feito ao sistema eleitoral brasileiro, desde quando ganhou as eleições gerais em 2018. Com críticas a urna eletrônica, até pedido de voto impresso, entrou na lista de reclamações e teorias equivocadas do mandatário brasileiro tentando deslegitimar o processo eleitoral.
Em 29 de julho do ano passado, Bolsonaro, após passar o ano afirmando que tinha provas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral brasileiro, assumiu que não tinha evidências. Em 10 de agosto, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, que foi defendida por Bolsonaro, foi arquivada pelo plenário da Câmara dos Deputados e, depois, arquivada.
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