A organização internacional Human Rights Watch (HRW) publicou um comunicado, nesta sexta-feita (01/10/2021), no qual acusa os líderes do Talibã de “sufocar” os meios de comunicação no Afeganistão. Segundo a entidade, uma série de restrições à liberdade de imprensa foi imposta pelo governo nas últimas semanas.
“Apesar das promessas dos talibãs de permitir o funcionamento dos meios de comunicação social que respeitem os valores islâmicos, as novas regras estão sufocando a liberdade da mídia no país”, disse a diretora da HRW para a Ásia, Patricia Gossman. “Os regulamentos do Talibã são tão abrangentes que os jornalistas estão se autocensurando, eles temem acabar na prisão”, acrescenta.
A organização examinou uma cópia das regras distribuídas pelo Ministério da Informação e Cultura dos talibãs aos jornalistas em Cabul, que estipulam a proibição dos meios de comunicação de divulgar informações “contrárias ao Islã”, insultos a “figuras nacionais” e “assuntos que não tenham sido confirmado por fontes oficiais”. Além disso, as agências de notícias não deverão veicular reportagens que “possam ter um impacto negativo na atitude do público” e devem “preparar relatórios detalhados” para o governo, antes de cada publicação.
A HRW denunciou ainda que recebeu vários relatos de violência contra os jornalistas por parte do Talibã, como espancamentos e prisões. Segundo a organização, ao menos 32 profissionais da comunicação foram presos desde que o grupo extremista assumiu o poder do país, em 15 de agosto.
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