A transição que mais parece os movimentos de um governo já estabelecido, volta a movimentar a política brasileira nesta semana. Um dos primeiros e mais importantes compromissos do grupo que se encontra no Centro Cultural Banco do Brasil, às margens do lago Paranoá, em Brasília, é com o Conselho Nacional dos Estados Unidos.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sua equipe vão receber o conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, e alguns de seus colaboradores.
Em nota, a Casa Branca confirmou o encontro e reafirmou uma promessa: “Abrir os canais de comunicação entre os dois países durante a transição”, dita por Joe Biden ainda em outubro, na primeira conversa com Lula após a vitória nas eleições.
Ainda nesta segunda (05/12), o conselheiro americano também terá uma reunião com o secretário Especial de Assuntos Estratégicos de Jair Bolsonaro, almirante Flávio Rocha.
“Durante as reuniões, Sullivan discutirá como os Estados Unidos e o Brasil continuarão a trabalhar juntos por desafios em comum, como o combate à mudança climática, a preservação da segurança alimentar, a promoção da democracia e a gerência da migração regional”, informou a nota da Casa Branca.
E os ministérios?
Durante a semana, também se espera que Lula confirme ao menos um ministro, o de Defesa. José Múcio Monteiro Filho é conhecido de longa data do presidente eleito. É considerado habilidoso politicamente, pois tem boas relações em variados grupos, além das Forças Armadas. Há esperança de que restabeleça as relações com as Forças Armadas. Já foi presidente do Tribunal de Contas da Uniâo (TCU) e, antes disso, ministro de Relações Institucionais entre 2007 e 2009.
Lula também já teria definido o Ministério da Justiça. Caso seja realmente criada essa pasta, deve ficar sob liderança do senador Flávio Dino (PSB-MA). Porém, o próprio indicado defendeu dias atrás que o tema não seja separado da Segurança Pública.
Mais indefinida ainda — ou seria a primeira definição de Ministério, mas de tão debatido no mercado financeiro e na imprensa, não há coragem para confirmar ainda — está a pasta de Economia — que Lula prefere chamar de Fazenda. Fernando Haddad (PT) é o mais provável. Ele foi candidato ao governo do estado de São Paulo na última eleição, já foi prefeito da capital paulistana entre 2013 e 2016 e ministro da Educação entre 2005 e 2012.
Só depois da diplomação
Com tantas especulações acerca de seus ministros, Lula quis encerrar o assunto com jornalistas nesta 6ª feira (02.nov): “Não precisa ninguém ficar angustiado, não precisa ninguém ficar nervoso, criando expectativa. Porque no fundo, no fundo eu já tenho 80% do ministério na cabeça, mas eu não quero construir um ministério para mim, eu quero construir um ministério para as forças políticas que me ajudaram a ganhar as eleições”.
As expectativas não pressionam o presidente eleito, que deve deixar para anunciar nomes só após sua diplomação, marcada para 12 de dezembro.
“Não escolhi ministro ainda. Eu estou num processo de conversa com todas as forças políticas”, comentou ele. “Depois que eu for diplomado, depois que eu for presidente da República, seja reconhecido e diplomado, eu vou começar a escolher o meu ministério”.
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