21 de março de 2025
Bahia não deve alcançar meta projetada de arrecadação do ICMS em 2023, prevê IAF

Bahia não deve alcançar meta projetada de arrecadação do ICMS em 2023, prevê IAF

Uma análise preliminar sobre a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Bahia sugere que o estado não atingirá a meta estabelecida para o ano de 2023. Essa projeção é apresentada pelo Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia (IAF Sindical), que examinou o período de janeiro a outubro do corrente ano, registrando uma arrecadação de R$28,32 bilhões provenientes do principal tributo estadual.

De acordo com o IAF Sindical, uma entidade reconhecida pela produção de informações econômicas sobre o estado da Bahia, é improvável que o montante arrecadado alcance a meta prevista de R$35,89 bilhões até o final do ano. O IAF destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial, juntamente com a redução das alíquotas do ICMS sobre Combustíveis, Energia Elétrica e Serviços de Comunicação a partir do segundo semestre de 2022, quando passaram a ser considerados bens e serviços essenciais. Esses fatores resultam em impactos negativos na receita estadual. O diretor administrativo e financeiro do IAF, Josias Menezes, explica: “Resta ao fisco estadual reavaliar suas metas de arrecadação, realizando os ajustes necessários no orçamento do presente exercício. Ou, mais especificamente, adotar medidas urgentes para reduzir os níveis de inadimplência e recuperar os créditos constituídos.”

Ao comparar os dados com o mesmo período de 2022, observa-se uma queda de 3,48% nos recolhimentos, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nos setores de Agricultura e Agroindústria, Serviços de Transporte e na maioria dos segmentos industriais, exceto na Indústria de Bebidas, que registrou um aumento de 12,44% na arrecadação. Outros setores também apresentaram crescimento: Comércio Atacadista (9,32%), Comércio Varejista (9,75%), Supermercados (7,60%) e Serviços de Utilidade Pública (11,90%).

O IAF Sindical considera pouco sustentável o crescimento econômico baseado exclusivamente no consumo, especialmente nos setores de Comércio, Bebidas e Serviços de Utilidade Pública. Josias destaca a importância de o estado incentivar e apoiar diversos segmentos da cadeia produtiva, notadamente a Agropecuária, Indústria e Energia Limpa, para garantir o pleno desenvolvimento da economia estadual. Desta forma, o estado estará criando condições para o aumento de suas receitas, fundamentais para a realização de suas atividades constitucionais.

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