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Ala do governo federal demonstra insatisfação contra Marcelo Queiroga por demora de desobrigar uso de máscara

Depois de participar de evento ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (02/09/2021), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga rechaçou rumores sobre um suposto pedido de demissão, afirmando que segue à frente da pasta para continuar com a campanha de vacinação contra a covid-19. Segundo o que apurou o site SBT News, a informação sobre a saída do cargo foi aventada por integrantes da ala ideológica do governo, incomodados com uma demora de Queiroga em atender o pedido de Bolsonaro para editar uma portaria dispensando o uso obrigatório de máscaras.

A solicitação do presidente foi feita de forma pública em junho deste ano. Diante do pedido, Queiroga afirmou que encomendou à equipe técnica um estudo sobre a necessidade do uso de máscara seguir obrigatório diante do avanço da campanha de vacinação no país. O argumento de Bolsonaro é de que, com a queda nos números de casos e óbitos pela doença, o equipamento poderia ser dispensado.

A maioria dos técnicos do Ministério da Saúde resiste a emitir parecer favorável à dispensa da máscara. Por causa da demora para a conclusão do curso, em agosto, o presidente disse que queria uma data pra acabar com a obrigatoriedade. No entanto, Queiroga seguiu afirmando que os estudos sobre a liberação ainda não foram concluídos.

Demissão

Além de desmentir o pedido de demissão, Bolsonaro levou o ministro da Saúde para participar da tradicional transmissão ao vivo na noite desta quinta-feira (02). O presidente classificou como fake news a informação divulgada sobre o suposto pedido de Queiroga para deixar o cargo.

Segundo o presidente, o objetivo da divulgação do pedido de demissão seria prejudicar a gestão dele, porque, assim que a informação foi veiculada, a bolsa caiu e outros números do mercado financeiro também tiveram desempenho negativo. Queiroga é o quarto ministro da Saúde desde o início do governo Bolsonaro. Ele assumiu o cargo em meio à crise na gestão Pazuello. Foi Marcelo Queiroga quem conseguiu destravar a compra de vacinas e fazer avançar a campanha de imunização.

O uso de máscara tornou-se obrigatório ainda em 2020, depois que o Congresso Nacional aprovou uma lei que trata do assunto. Mesmo que o Ministério da Saúde edite portaria para o item deixar de ser usado, a legislação precisaria ser revogada.

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