Presidente Lula visita o norte de Roraima e descreve a situação sanitária no território Yanomami como “desumana” prometendo enviar ajuda médica

Ao final da viagem a Roraima neste sábado (21/01/2023), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou alguma das ações que serão tomadas pelo governo diante da desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami.  Entre as medidas anunciadas, está a criação de um plantão de saúde nas aldeias.

“Uma das formas de nós resolvermos isso, é montar um plantão da saúde nas aldeias para que a gente possa cuidar deles lá. Fica mais fácil transportar 10 médicos do que transportar 200 indígenas”, afirmou o presidente, que durante a visita esteve na Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona rural da capital Boa Vista, onde conversou com profissionais da saúde e indígenas removidos das comunidades para serem tratados no local.

Lula também pontuou a necessidade de melhorar o transporte oferecido aos indígenas. Essa deve ser a primeira providência do governo, segundo o petista.

“A primeira coisa que temos que fazer é garantir transporte para levar as pessoas que estão há seis meses esperando para ir embora. O trabalho de transporte é precário, é preciso que a gente dê um jeito de aumentar a pista para pousar um avião um pouco maior em Surucucu para que possamos levar alimento e transportar mais gente.”, avaliou.

Questionado sobre quais medidas seriam feitas para expulsar o garimpo ilegal em território Yanomami, Lula não detalhou como, mas foi enfático ao afirmar que irá extinguir a prática ilegal na região.”O que posso dizer é que não vai mais existir garimpo ilegal. Eu sei da dificuldade que é para tirar, mas nós vamos tirar.”.

“É importante que as pessoas saibam que esse país mudou de governo e esse país agora vai agir com a seriedade no tratamento do povo indígena”, afirmou.

Crise

Acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade; a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara; o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, além dos ministros Flávio Dino, Silvio Almeida, José Múcio; Márcio Macêdo; o comandante do Gabinete de Segurança Insitituicional, General Gonçalves Dias; a presidente da Funai, Joênia Wapichana; e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, Lula viajou a Roraima após denúncias de desnutrição e falta de apoio à saúde em comunidades indígenas Yanomami.

Na 6ª feira, o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública entre as comunidades indígenas de Roraima. A pasta confirmou a morte de 570 crianças e definiu que um plano de ação deve ser apresentado pelo comitê de crise em até 45 dias. Entre pontos já estabelecidos, segundo divulgou a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, está a criação de hospitais emergenciais e a entrega de mantimentos.

O presidente Lula também decretou a criação Comitê de Coordenação Nacional, para discutir as medidas a serem aplicadas, além de negociações entre a federação e municípios. A medida cria um comitê formado por diferentes ministérios para intervenção na área.

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