O ministro das Relações Exteriores do Irã reconheceu pela primeira vez, neste sábado (05/11/2022), que seu país forneceu drones à Rússia. No entanto, Teerã insiste que a transferência de armas ocorreu antes do início da guerra na Ucrânia.
Nas últimas semanas, Moscou tem realizado ataques maciços contra a infraestrutura de Kiev, deixando boa parte da capital e outras cidades no escuro e sem acesso à água, em um momento que o inverno se aproxima.
“Demos um número limitado de drones à Rússia meses antes da guerra na Ucrânia”, afirmou o chanceler Hossein Amirabdollahian a repórteres.
Anteriormente, autoridades iranianas haviam negado armar a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia. No início desta semana, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, chamou as alegações de “totalmente infundadas” e reiterou a posição de neutralidade do país na guerra. Os EUA e seus aliados ocidentais no Conselho de Segurança pediram ao secretário-geral António Guterres que investigue se Moscou usou drones iranianos para atacar civis na Ucrânia.
Ao reconhecer a remessa, Amirabdollahian afirmou que o Irã desconhecia o uso de seus drones na Ucrânia e disse que o país continua comprometido em parar o conflito.
“Se (a Ucrânia) tiver algum documento em sua posse de que a Rússia usou drones iranianos na Ucrânia, eles devem nos fornecer”, disse ele. “Se nos for comprovado que a Rússia usou drones iranianos na guerra contra a Ucrânia, não ficaremos indiferentes a essa questão.”, finalizou.
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