A turbulência política no Paquistão se aprofundou neste domingo (03/04/2022) depois que o primeiro-ministro Imran Khan evitou uma tentativa de derrubada do poder e convocou novas eleições, após dissolver o Parlamento, uma medida que a oposição chamou de traição e prometeu combater.
O vice-presidente do parlamento, membro do partido de Khan, bloqueou a moção de desconfiança da oposição que tinha boas chances de derrubar Khan, declarando que era parte de uma conspiração estrangeira e inconstitucional.
Com isso, foi emperrada a tentativa da oposição de chegar ao poder e agora a nação de 220 milhões de pessoas viverá uma grande disputa legalista sobre a Constituição.
O líder da oposição Shehbaz Sharif chamou o bloqueio da moção de censura de “nada menos que alta traição” e disse no Twitter que haverá consequências para esta “flagrante e descarada violação da Constituição”.
Ele acrescentou que espera que a Suprema Corte defenda a Constituição.
Bilawal Bhutto Zardari, chefe do Partido Popular do Paquistão, legenda da oposição, prometeu um protesto no parlamento e disse a repórteres: “Também estamos nos movendo para a Suprema Corte hoje”.
O chefe de justiça da Suprema Corte disse neste domingo que o tribunal ouvirá o assunto na segunda-feira e que quaisquer instruções dadas pelo presidente e pelo primeiro-ministro estarão sujeitas às ordens do tribunal.
A oposição culpa Khan por não conseguir retomar a economia e reprimir a corrupção. Khan disse, sem mostrar evidências, que a decisão de expulsá-lo foi orquestrada pelos Estados Unidos, uma afirmação que Washington nega.
*Informações do site Portal Terra
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