A junta do Níger disse a um importante diplomata dos EUA que mataria o presidente deposto Mohamed Bazoum se os países vizinhos tentassem qualquer intervenção militar para restaurar seu governo, disseram duas autoridades ocidentais à Associated Press.
Eles falaram com a AP pouco antes de o bloco da África Ocidental, CEDEAO, dizer que havia dirigido o envio de uma “força de prontidão” para restaurar a democracia no Níger, depois que o prazo de domingo (06/07/2023) para restabelecer Bazoum expirou.
A ameaça ao presidente deposto aumenta o risco tanto para a CEDEAO quanto para a junta, que tem mostrado vontade de intensificar suas ações desde que assumiu o poder em 26 de julho.
O Níger era visto como o último país na região do Sahel ao sul do deserto do Saara com o qual as nações ocidentais poderiam fazer parceria para combater a violência jihadista ligada à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico que matou milhares e deslocou milhões de pessoas. A comunidade internacional está lutando para encontrar uma solução pacífica para a crise de liderança do país.
Representantes da junta disseram à subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, sobre a ameaça a Bazoum durante sua visita ao país nesta semana, disse um oficial militar ocidental, falando sob condição de anonimato devido à sensibilidade da situação.
Um funcionário dos EUA confirmou essa conta, também falando sob condição de anonimato, porque não estava autorizado a falar com a mídia.
As ameaças de ambos os lados aumentam as tensões, mas esperançosamente os aproximam de uma conversa real, disse Aneliese Bernard, ex-funcionária do Departamento de Estado dos EUA que se especializou em assuntos africanos e agora é diretora do Strategic Stabilization Advisors, um grupo de consultoria de risco.
“Ainda assim, esta junta intensificou seus movimentos tão rapidamente que é possível que eles façam algo mais extremo, já que essa tem sido sua abordagem até agora”, alertou ela.
*Informações do site AP News
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