Governo define regras para apostas esportivas no Brasil e taxação sobre ganhos das empresas e ganhadores

O governo definiu regras para o setor de apostas esportivas no Brasil. A proposta foi apresentada pelo Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (11/05/2023), e vem com a justificativa de frear a manipulação de jogos, assim como estabelecer uma nova fonte de receitas para a União.

O texto estabelece que somente as empresas habilitadas poderão receber apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, organizados por federações, ligas e confederações. As empresas não habilitadas incorrerão em práticas ilegais e estarão proibidas de realizar qualquer tipo de publicidade, inclusive em meios digitais.

As empresas serão taxadas em 16% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR), a receita obtida com todos os jogos feitos, subtraídos os prêmios pagos aos jogadores. Sobre o prêmio recebido pelo apostador será tributado 30% de Imposto de Renda, respeitada a isenção de R$ 2.112,00.

Além disso, a arrecadação proveniente das taxas e impostos será destinada a áreas importantes, como segurança pública, educação básica, clubes esportivos e ações sociais. O total da arrecadação será dividido de forma a beneficiar diversos setores da sociedade. Dos 16%, 2,55% serão destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública, para ações de combate à manipulação de resultados, à lavagem de dinheiro e demais atos de natureza penal que possam ser praticados no âmbito das apostas ou relacionados a ela. Serão destinados ainda 0,82% para a educação básica, 1,63% para os clubes esportivos, 10% à seguridade social e 1% para o Ministério dos Esportes.

A Medida Provisória ainda passará pela avaliação de outros ministérios, como Planejamento, Gestão, Saúde, Turismo e Esportes, que vão avaliar o texto. Depois, o texto ainda será submetido à Casa Civil, para depois será publicada.

Na última quarta-feira (10/05), após ampla repercussão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que a Polícia Federal (PF) irá investigar o esquema de manipulação de resultados de jogos no alto escalão do futebol brasileiro.

Os acordos criminosos entre jogadores e apostadores vieram à tona em abril, após a Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Nesta semana, a Justiça tornou réus 16 pessoas envolvidas na manipulação de resultados. Os casos teriam afetado 13 partidas, sendo oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023.

Dos réus, sete são jogadores profisisionais: Eduardo Bauermann (Santos); Fernando Neto (Operário-PR); Gabriel Tota (Juventude); Igor Cariús (Cuiabá); Matheus Gomes (sem clube); Paulo Miranda (Juventude) e Victor Ramos (Portuguesa). Na denúncia, o Ministério Público de Goiás revelou que o grupo aceitou receber valores indevidos para cometer atos ilícitos.

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