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ACM Neto determina expulsão sumária de Sara Winter do DEM

Presidente nacional do DEM, o prefeito ACM Neto determinou que a ativista bolsonarista Sara Winter seja sumariamente expulsa do partido. Ontem, o prefeito classificou de “criminosas” pessoas ligadas a protestos como os que Sara tem comandado. Nesta terça-feira (2), Neto afirmou que os atos promovidos por ela no final de semana não compactuam com o que o partido defende.
Sara lidera o autodenominado grupo 300 do Brasil, que faz acampamento em Brasília e fez um ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF) com estética similar à do grupo supremacista Ku Klux Klan, com rostos cobertos e tochas. Ela é também um dos alvos da operação contra fake news do STF.
O desligamento de Sara já é preparado pela área jurídica do partido, com expectativa de acontecer ainda nesta terça-feira (2). A ativista se filiou ao DEM em 2018, quando tentou se eleger deputada estadual pelo Rio de Janeiro, sem sucesso. Segundo Neto, ela não exercia nenhuma posição dentro do partido.
O prefeito já havia criticado o comportamento que “passou dos limites” dos manifestantes ligados a Sara. “Pessoas encapuzadas. Pessoas com tocha nas mãos. Pessoas defendendo agressões ao Supremo Tribunal Federal. Pessoas defendendo intervenção militar. O Brasil não tem condições de estar vivendo isso, e é uma extra insensibilidade com os milhares de mortos, e com as famílias que estão sofrendo nesse momento”, afirmou ontem, lembrando a pandemia que o país enfrenta.
“É inaceitável. Está passando de todos os limites. Além do mais, qualquer coisa que signifique agressão física, enfrentamento físico, nada disso pode ser tolerado. Então, fica aqui o meu repúdio como cidadão, mais do que como presidente do Democratas ou prefeito de Salvador, o meu repúdio como cidadão a esses radicais insensíveis, a essas pessoas que são criminosas”, completou.
O grupo comandado por Sara foi chamado de “milícia armada” pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que entrou com ação civil pública na Justiça pedindo dispersão do acampamento. 
Falando à BBC Brasil, Sara afirmou que havia armamento no acampamento “para proteção dos próprios membros”. Eles arracadaram mais de R$ 80 mil em uma vaquinha on-line para manter custos e pagar um “treinamento”. O site que hospedava a vaquinha removeu a arrecadação após pressão nas redes sociais.
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