Após Deltan Dallagnol responder acusações de Gilmar Mendes, TSE marca data de julgamento de um recurso que pode levar à cassação do deputado federal

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pautou para a próxima terça-feira dia 16 de maio o julgamento de um recurso que pode levar à cassação do mandato do ex-procurador da República e hoje deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A Justiça Eleitoral vai analisar um recurso apresentado pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, que aponta que Dallagnol teria cometido condutas ilegais relativas à arrecadação e gastos na campanha eleitoral.

No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), as impugnações foram rejeitadas. Com isso, o registro de candidatura de Dallagnol foi deferido. Depois disso, a federação recorreu ao TSE.

O argumento do PT é o de que um ex-assessor de Deltan no Ministério Público Federal (MPF) recebeu R$ 100 mil do Podemos para uma consultoria política, sem contraprestação dos serviços. Contudo, a defesa de Dallagnol nega o fato e afirma que o grupo político busca “vingança” contra ele.

O processo contra Dallagnol no TSE estava parado desde o dia 22 de março, quando os autos foram conclusos ao relator, ministro Benedito Gonçalves.

 

Reabertura do processo após Deltan responder críticas de Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal havia voltado a fazer duras críticas à Lava Jato na última terça-feira (09/05/2023), durante sessão da 2ª Turma da Corte.

“Com o que se fez nessa chamada República de Curitiba com a Lava Jato temos de fazer um escrutínio muito severo. Trata-se de algo extremamente grave. Tem de se perguntar que erros se está cometendo para admitir gente tão desqualificada”, afirmou o magistrado.

Gilmar declarou que “as pessoas só eram soltas depois de confessarem e fazerem acordo”, o que definiu como “uma vergonha”.

“Não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos. Claramente, se tratava de prática de tortura. Usando o poder de Estado. É disso que se trata. Vamos chamar as coisas pelos nomes.”.

Aliados desde o início da operação, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) e o deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) reagiram a Gilmar após a declaração em entrevista à TV Cultura.

“Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”, escreveu Moro. Dallagnol, por sua vez, anotou: “Enquanto procura falhas na Lava Jato, o ministro tenta coar agulhas, mas engole camelos, votando sistematicamente em favor da absolvição e anulação de sentenças de corruptos, contra os votos técnicos de ministros como Edson Fachin.

*Informações do site O Tempo e Carta Capital

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