O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia e voltou a defender o diálogo como meio para acabar com a guerra, que ocorre há mais de 400 dias.
“Em linha com a Carta das Nações Unidas, repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a cada dia em que os combates prosseguem, aumentam o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares. Tenho repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz. Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações”, disse Lula.
O pedido pelo fim da guerra fez parte do discurso lido na sessão de países convidados da cúpula do G7 realizada em Hiroshima, Japão, na manhã deste domingo (21/05/2023). Durante o discurso, Lula estava diante do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, do outro lado da mesa. O ucraniano pediu uma reunião bilateral com Lula, que não ocorreu por “incompatibilidade de agendas”.
Lula também defendeu o fim das guerras nucleares e lembrou o ataque à cidade de Hiroshima, destruída por uma bomba norte-americana na Segunda Guerra Mundial. Para ele, “o risco de uma guerra nuclear está no nível mais alto desde o auge da Guerra Fria”.
O presidente aproveitou o discurso para defender um antigo pleito do Brasil na ONU, a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança, órgão que, para Lula, “encontra-se mais paralisado do que nunca”. Ele destacou que o Brasil vive em paz com os vizinhos há mais de 150 anos e defendeu o multilateralismo dizendo que “reeditar a Guerra Fria seria uma insensatez”.
Essa foi a 7ª participação do Brasil no debate das nações mais industrializadas do mundo, após um hiato de 14 anos. O retorno do país à reunião da cúpula virou um trunfo de Lula.
O G7 que reúne sete das nações mais avançadas do mundo (Japão, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido). A Rússia foi membro de um Grupo ampliado, o G8, até 2014, quando foi expulsa depois de anexar a Criméia, região que era parte da Ucrânia.
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