Um bebê de apenas um ano e cinco meses morreu neste domingo (05/02/2023) vítima de desnutrição grave e desidratação na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. De acordo com informações do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’Kuana (Codisi-YY), a criança estava em estado grave desde o último sábado (04/02), contudo não pôde ser transferida para Boa Vista, capital do estado, por causa do mau tempo.
Os indígenas têm sido afetados pelo garimpo ilegal, que tem sido apontado como o principal fator para a crise humanitária que assola a região. Em uma visita a Roraima, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que a base aérea no Surucucu, a mais próxima do local da morte da criança, vai ser reestruturada para receber aviões de maior porte. A ministra também destacou que a medida possibilitaria a levar infraestrutura para montar um hospital de campanha na região. Não há prazo estipulado para realização dessas medidas.
Nos últimos quatro anos, 570 crianças yanomami morreram por causa de doenças como malária, pneumonia, além de casos graves de desnutrição. De acordo com dados do Centro de Operações Emergenciais (COE), em janeiro, foram removidos 223 pacientes da terra Yanomani para Boa Vista.
A entidade também informou que atualmente há 601 yanomamis na Casa de Saúde Indígena (Casai), além de outros 50 internados no Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), todos em Boa Vista.
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