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Caminhoneiros paralisam rodovias de oito estados; entidade enxerga movimento político

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou nesta quarta-feira (08/09/2021) ao menos 67 bloqueios em rodovias federais de oito estados organizados por caminhoneiros autônomos. A informação foi confirmada pelo Ministério da Infraestrutura ao site UOL Notícias. Os bloqueios começaram ontem, durante as manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e seguiram ao longo do dia desta quarta-feira (08).

Até as 17h30 foram registrados atos em rodovias da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul. Há também relatos de manifestação no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a PRF atua em todas as localidades identificadas para garantir o livre fluxo.

“Ao todo, já foram debeladas 67 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias durante as últimas horas”, diz a pasta, em comunicado. “A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a 0h de 9/9”, acrescenta.

O ministério informou ainda que os atos não são organizados por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e que a composição das mobilizações é heterogênea, “não se limitando a demandas ligadas à categoria.”

Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, um dos líderes do movimento intitulado de caminhoneiros patriotas, Francisco Burgardt, também conhecido como Chicão Caminhoneiro, informou que irá entregar ainda hoje um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux.

“O povo brasileiro não aguenta mais esse momento que País está atravessando através da forma impositiva que STF vem se posicionando. O povo brasileiro está aqui [Esplanada dos Ministérios] buscando solução e só vamos sair daqui com solução na mão”, disse Chicão, que preside a UBC (União Brasileira dos Caminhoneiros), em vídeo que circula pelas redes sociais. Segundo ele, o documento também será entregue ao presidente Jair Bolsonaro. Em outro vídeo, Burgardt cita o prazo de 24 horas para a resposta das autoridades ao pedido do movimento.

Os bloqueios realizados pelos caminhoneiros já preocupam até mesmo distribuidoras de combustíveis. As empresas temem que faltem produtos como gasolina e óleo diesel nas próximas 12 horas desta quarta-feira, caso os protestos prossigam.

Movimento encara como movimento político

Em nota, a NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) criticou a paralisação e disse que “trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”.

“Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá causar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamentos, combustíveis etc”, diz trecho do comunicado.

“Esperamos que as autoridades do Governo Federal e dos Governos Estaduais adotem as providências indispensáveis para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas o pleno exercício do seu direito de ir e vir e de livre circulação nas rodovias em todo o território nacional, como pressuposto indeclinável para o cumprimento da atividade essencial de transporte”, prossegue.

Atualmente, a NTC congrega, além das empresas diretamente associadas (cerca de 2.354), mais de 50 entidades patronais (federações, sindicatos e associações especializadas), representando cerca de 15.000 empresas que operam uma frota superior a 1,2 milhões de caminhões e criam mais de 2 milhões de postos de trabalho.

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