A Fundação para Direitos Humanos em Cuba, uma organização não governamental sediada nos Estados Unidos, denunciou na semana passada que o regime cubano está enviando soldados para lutar pela Rússia na guerra contra a Ucrânia. De acordo com as informações da ONG, isso estaria ocorrendo nos moldes de um acordo comercial, que estaria gerando dinheiro para o regime do Partido Comunista Cubano.
A denúncia foi feita através de um vídeo disponibilizado no Twitter da ONG. Nele, Hugo Acha, diretor de pesquisas da organização, afirmou que existem cubanos lutando pela Rússia nos territórios ocupados pelo país na Ucrânia.
Acha afirmou que “Cuba é um dos aliados transatlânticos mais relevantes da Federação Russa na agressão contra a Ucrânia”. “Isso fica demonstrado, em primeiro lugar, na maneira como as entidades e organismos de propaganda de Havana construíram a narrativa que equipara o agressor e a vítima”, apontou o diretor.
Acha lembrou que, na época de Fidel Castro, o regime cubano chegava a ganhar cerca de US$ 1.000 por soldado enviado para lutar em conflitos na África. “As dezenas de milhares de jovens cubanos mortos, feridos, mutilados e desaparecidos durante esses conflitos eram apenas uma fonte de lucro para o regime”, disse.
Ainda segundo o comunicado, o fortalecimento da aliança com a Rússia era exatamente o que Cuba estava buscando nos últimos anos, já que o país está necessitando de novos acordos políticos e comerciais para tentar superar a grave crise que vem enfrentando. A Prisioners Defenders ainda reforçou a denúncia de Hugo Acha, afirmando que o regime de Havana já estaria enviando de “forma regular” soldados da ilha para lutar na Ucrânia.
A ONG destacou que, para confirmar a informação, “basta consultar a lei de Cuba para saber que nenhum militar cubano pode sair da ilha e entrar em tal conflito sem ter sido enviado por seu governo com o passaporte ‘oficial’, ou seja, são soldados ‘alugados’ pela Rússia por meio de acordo com o governo de Cuba, pois de outra forma não podem sair da ilha”.
A organização também revelou que a ditadura de Díaz-Canel assinou um acordo para enviar tropas a Belarus com o objetivo de “receber treinamento militar”.
Segundo o comunicado, “talvez o exército cubano seja um dos poucos no mundo que não precisa receber treinamento das tropas de Alexander Lukashenko [ditador de Belarus], a menos que o treinamento tenha como objetivo entrar em combate usando armamentos modernos fornecidos pela Rússia, o que faz todo o sentido na situação atual, já que […] os meios de comunicação russos estão divulgando [a presença d]os militares cubanos enviados para lutar na Ucrânia”.
Em maio, veículos de comunicação cubanos, que são controlados pela ditadura castrista, divulgaram informações de que militares da ilha estariam sendo enviados para Belarus com o objetivo de “receber treinamento militar”.
O Ministério da Defesa de Belarus, aliado próximo de Moscou que está recebendo armas nucleares táticas russas em seu território, confirmou que as forças armadas regulares de Cuba haviam assinado um acordo para “treinar tropas no país”.
O vice-ministro da Defesa para Cooperação Militar Internacional de Belarus, Valery Revenko, disse que tinha discutido o treinamento das tropas cubanas no seu país com autoridades cubanas e russas.
Ainda segundo informações da mídia russa, imigrantes cubanos que vivem no país “se juntaram ao exército” para lutar com as tropas que invadiram a Ucrânia, depois que Vladimir Putin assinou uma lei para conceder cidadania aos que se alistassem.
De acordo com as informações, os cubanos receberiam pagamentos em rublos equivalentes a US$ 2.433 do orçamento federal e outros US$ 2.500 do orçamento regional de Ryazan, região central da Rússia onde estão alocados. Os cubanos também estão recebendo, além desses pagamentos, “um salário mensal de US$ 2.545”.
*Informações do site Gazeta do Povo
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