O Papa Francisco defendeu a inocência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ex-presidente Dilma Rousseff em uma entrevista ao canal de TV argentino C5N. Segundo ele, Lula foi condenado sem provas e Dilma é “uma mulher de mãos limpas”.
“Para impedir que determinada pessoa chegue a um cargo, as pessoas o desqualificam e o colocam sob a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. Onde está o crime aqui? Não tem, só parece. Assim condenaram Lula”, afirmou Francisco.
Depois, em referência ao impeachment de Dilma em 2016, o Papa disse que a ex-presidente é “uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente”. E, por fim, afirmou que os “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça que não é justa”, após citar os casos, que considera injustos, dos líderes petistas condenados no Brasil.
O programa foi gravado antes do pontífice ser internado em Roma na quarta-feira (29). Ele recebeu alta na manhã deste sábado (1º).