As Forças Armadas do Equador realizam desde a manhã desta quinta-feira (30/10/2021) uma operação para apreender armas na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil, onde 116 detentos morreram na última terça-feira em um brutal confronto entre organizações criminosas.
Segundo o site UOL Notícias, o anúncio foi feito pelo governador da província de Guayas, Pablo Arosemena. Em redes sociais, ele disse que a operação é conjunta com a Polícia e acontece “no âmbito do estado de exceção decretado para continuar restaurando a ordem”, referindo-se à medida tomada pelo presidente do país, Guillermo Lasso.
A Penitenciária do Litoral foi palco de um confronto entre gangues rivais que teve saldo de 116 detentos mortos e outros 80 feridos, um caso que mais uma vez evidenciou a grave crise que tem afligido o sistema prisional equatoriano nos últimos três anos. Somente em 2021, mais de 230 detentos morreram em situações como essa.
Segundo imagens divulgadas pelo gabinete do governo de Guayas, cuja capital é Guayaquil, a operação envolveu centenas de agentes de segurança, incluindo unidades de elite.
Diante da situação crítica, o presidente Guillermo Lasso decretou estado de exceção em todo o sistema penitenciário do país (SNAI) na quarta-feira, abrindo assim a possibilidade de militares e policiais intervirem em penitenciárias.
O estado de exceção ficará em vigor por “60 dias em todo o país”, segundo o decreto.
Segundo alguns especialistas locais, a origem da crise carcerária data de 2018, quando uma série de confrontos entre as Forças Armadas e grupos do crime organizado e traficantes de drogas na fronteira com a Colômbia expôs a influência de cartéis estrangeiros, incluindo os mexicanos.
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