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Bolsonaro mente sobre a pandemia e cita as Forças Armadas em live

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mentiu durante uma live semanal que faz em uma de suas redes sociais na noite de ontem (11). Polêmico, Bolsonaro também fez menção às Forças Armadas ao dizer que faz “o que o povo quiser” e aproveitou para mais uma vez atacar governadores, além de citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Negacionista de si próprio, Bolsonaro voltou a afirmar que nunca se referiu à Covid-19 como uma “gripezinha”, o que não procede. Em março do ano passado, o presidente declarou que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, não”. Depois e desta vez em um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, repetiu. “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”. As declarações foram dadas entre 20 e 24 de março, respectivamente.

Bolsonaro mentiu mais uma vez ao reafirmar que nunca foi contra vacina. O presidente deu diversas manifestações do presidente contra a vacinação. “Ninguém vai tomar tua vacina na marra, não, tá ok? Procura outra. E eu, que sou governo, não vai comprar sua vacina também não. Procura outro pra pagar sua vacina”, a declaração foi dada em uma live em 29 de outubro. “Eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu”, disse ele à TV Bandeirantes em 15 de dezembro.

O presidente também citou as Forças Armadas e a ditadura militar no Brasil. “Eu faço o que o povo quiser. Digo mais: eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas acompanham o que está acontecendo. As críticas em cima de generais, não é o momento de fazer isso. Se um general errar, paciência. Vai pagar. Se errar, eu pago. Se alguém da Câmara dos Deputados errar, pague. Se alguém do Supremo errar, que pague. Agora, esta crítica de esculhambar todo mundo? Nós vivemos um momento de 1964 a 1985, você decida aí, pense, o que que tu achou daquele período. Não vou entrar em detalhe aqui”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro criticou os governadores de São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul por causa de medidas restritivas que estão sendo adotadas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. “O governador fala que não é, mas é estado de sítio”, disse ele ao falar do toque de recolher noturno em vigor no Distrito Federal. Outra mentira do presidente.

O Estado de Sítio é uma medida que somente ele, na condição de presidente da República, poderia tomar, mediante consulta ao Congresso Nacional. Ele voltou a insistir na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Corte decidiu que estados e municípios pudessem criar normas procedimentais restritivas na pandemia como o toque de recolher e lockdown, o que já ocorreu ano passado.

O presidente disse ter como “garantir a nossa liberdade” e que é o “garantidor da democracia”, além de ser “a pessoa mais importante neste momento”. “Eu tenho que ter apoio. Se eu levantar minha caneta BIC e falar ‘shazan’, vou ser ditador”, afirmou. Na live ele também xingou o ex-presidente Lula, a quem chamou de jumento e “canista”. No discurso da última quarta-feira (10), Lula disse em pronunciamento que Bolsonaro era terraplanista. Na live, Bolsonaro apareceu com um globo terrestre na mesa. “O canista mandou dizer que a terra é redonda”, declarou.

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