O Real Madrid viveu outra noite europeia inesquecível, nesta quarta-feira (04/05/2022), no Santiago Bernabéu. Com dois gols decisivos de Rodrygo, a equipe merengue virou sobre o Manchester City pela partida de volta da semifinal da Champions League. A vitória por 3 a 1 do time de Carlo Ancelotti, que confirmou a vaga na final do torneio, foi consumada com gol de Benzema, na prorrogação. O argelino Mahrez balançou a rede pelo lado dos Cityzens.
Com a incrível remontada, o Real Madrid vai disputar a finalíssima da Liga dos Campeões pela 17ª vez na história. No próximo dia 28, em Paris, o clube merengue encara o Liverpool pela terceira vez em uma decisão da competição europeia – em 1981 deu Reds, enquanto o clube merengue venceu a final de 2018. O último capítulo da 67ª edição do torneio mais importante de clubes do planeta será no dia 28 de maio.
O jogo
A decisão começou alucinante e franca, com os dois times buscando o ataque. O ritmo intenso resultou ainda em uma pequena confusão logo no início, depois de falta de Casemiro, por trás, em De Bruyne. Um pequeno bate boca resultou em cartões para Modric e Laporte.
Depois de alguns lances sem muito perigo, os visitantes conseguiram encaixar uma grande chance aos 19 minutos, quando De Bruyne serviu Bernado Silva, que bateu forte e viu Courtois fazer uma grande defesa. O City passou a dominar o duelo nos minutos seguintes.
No entanto, o domínio dos Cityzens não resultou em novas oportunidades importantes até o fim da etapa inicial. O Real Madrid voltou a ter a bola por alguns minutos, mas a equipe de Pep Guardiola trabalhou bem para negar os espaços – os espanhóis terminaram a primeira parte do jogo sem acertar o gol de Ederson. A primeira etapa encerrou sem mudança no placar.
Na volta para o segundo tempo, os mandantes fizeram uma incrível jogada ensiada na saída da bola, até Carvajal cruzar para Vinícius Júnior na segunda trave; o brasileiro não acertou a bola com precisão e desperdiçou a oportunidade. Vendo a equipe ter dificuldades para criar, Carlo Ancelotti optou por alterações: o brasileiro Rodrygo, talismã merengue ao longo da Champions, entrou na vaga de Kroos.
Com a mudança, o Real Madrid passou a atuar em um 4-3-3 puro, com Rodrygo pela ponta-direita e Valverde no meio-campo. Pouco depois, foi a vez de Guardiola mudar: Gundogan e Zinchenko entraram no lugar de De Bruyne e Walker – o lateral-direito deixou o campo por problema físico. Aos 27 minutos, Gundogan acionou Bernardo Silva por dentro, e o português teve liberdade para ganhar muitos metros e tocar para o lado, na entrada da área: Mahrez chegou tudo e acertou o contrapé de Courtois, que nada pôde fazer.
Em desvantagem, Ancelotti optou por mudar novamente e levou Asensio e Camavinga a campo, enquanto Casemiro e Modric foram sacados. O clube merengue tentou encaixar algumas oportunidades, mas se demonstrou afobado e cometeu alguns erros de passes, além de impedimentos. Do outro lado, o City ainda teve pelo menos duas oportunidades, mas não ampliar. Aos 44, Camavinga cruzou na área, Benzema desviou para dentro e Rodrygo empatou o jogo.
Na busca por mais uma inesquecível noite europeia, a equipe da casa partiu com tudo atrás do segundo gol e, dois minutos depois, um cruzamento de Carvajal encontrou a cabeça de Rodrygo, que acertou o ângulo de Ederson: 2 a 1. A partida foi para a prorrogação. A atmosfera do Bernabéu, que entrou em transe desde os gols de Rodrygo, seguiu feroz para o tempo extra. Aos cinco da prorrogação, Rúben Dias derrubou Benzema na área. Pênalti. Na marca da cal, o francês deslocou Ederson e anotou o terceiro.
Os últimos minutos do confronto foram de bastante disputa. No entanto, o Real Madrid se impôs como um verdadeira gigante da história da Liga dos Campeões. O Manchester City, hábil em ter posse, teve dificuldade para buscar um possível gol salvador. Embalado por Benzema, Vinícius Júnior e Rodrygo, o maior campeão europeu está novamente na finalíssima da Champions League.
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