Apesar de não ser um entusiasta das pesquisas eleitorais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é atualmente o candidato à presidência que mais gastou com levantamentos e testes eleitorais, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados na terça-feira (13), e divulgados pelo UOL na quarta (14).
O TSE apontou que o chefe do Executivo nacional desembolsou R$ 2,2 milhões até o momento em duas aquisições. A principal fornecedora da campanha foi a Cota Pesquisas, com sede no Paraná, que cobrou R$ 1,7 milhão por “pesquisas de mercado e de opinião pública”. Outro serviço foi prestado pelo Ibespe Estudos & Marketing, sediado em São Paulo, que realizou pesquisas eleitorais para a chapa do presidente, ao custo de R$ 500 mil.
A despesa com o levantamento da Cota Pesquisas foi registrada em 15 de agosto e foi classificada no TSE como “prestação de serviço de pesquisa de opinião pública”. Já o teste realizado pelo Ibespe Estudos & Marketing foi registrado em 28 de agosto.
A diferença das pesquisas pagas pelas campanhas daquelas contratadas por veículos de imprensa e por bancos é que ela não são divulgadas para o público. Esses levantamentos servem para estudo interno, auxiliando nas estratégias de campanha.
Além de Bolsonaro, os únicos candidatos à presidência que também compraram pesquisas foram Ciro Gomes (PDT) e Felipe D’Ávila (Novo). Segundo o UOL, o pedetista pagou mais de R$ 297.400 por cinco fornecimentos, entre estudos qualitativos e baseados em grupos focais. Já D’Ávila gastou R$ 50 mil por serviços de “consultoria em gestão empresarial”.