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Argentina realiza primárias com peronismo em 1º teste de fogo desde o início da crise econômica

A Argentina realiza neste domingo (13/08/2023) as primárias das suas eleições gerais. O processo é conhecido como PASO, abreviação para primárias abertas simultâneas obrigatórias.

O nome se explica porque é um processo aberto (participa todo o eleitorado e não apenas os filiados aos partidos políticos), simultâneo (uma vez que todos os grupos definem suas candidaturas ao mesmo tempo) e obrigatório (porque devem votar todos os cidadãos que estão aptos a exercer esse direito).

Os candidatos eleitos na PASO poderão se apresentar nas eleições gerais de 22 de outubro, quando concorrerão os aspirantes a ocupar a presidência argentina durante o período 2023-2027.

Com o libertário Javier Milei já definido como o candidato presidencial da coalizão Liberdade Avança, as grandes definições neste domingo serão sobre quem serão os postulantes à Casa Rosada do peronismo – a vaga é disputada pelo ministro da Economia, Sergio Massa, e pelo ativista Juan Grabois – e da coalizão oposicionista Juntos pela Mudança – estão no páreo o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, e a ex-ministra da Segurança Pública Patricia Bullrich.

O peronismo, do presidente Alberto Fernández (que não quis tentar a reeleição), vive momentos de tensão porque suas chances eleitorais diminuem com a crise econômica e também porque as eleições nas províncias da Argentina, que estão sendo realizadas desde abril, estão mostrando um esgotamento desse grupo político esquerdista.

No final de julho, a Juntos pela Mudança acabou com 20 anos de governos peronistas em Chubut ao vencer a eleição na província patagônica. Antes, os eleitores de San Luis e San Juan haviam decretado o fim das hegemonias locais do grupo político atualmente no governo federal, que já duravam, respectivamente, 40 e 20 anos.

Com essas viradas, nova vitória em Jujuy, onde já governava, e no poder em Corrientes (que terá eleição apenas em 2025), a Juntos pela Mudança pode chegar a governar mais de dez províncias até o final do ano, já que a capital federal e sete províncias ainda realizarão eleições em 2023.

Desde a redemocratização, em 1983, nunca um grupo político além do peronismo (que ganhou por enquanto cinco eleições provinciais este ano) governou mais de dez províncias simultaneamente na Argentina.

*Informações do site Gazeta do Povo

 

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