A guerra entre Ucrânia e Rússia completa seis meses nesta quarta-feira (24/08/2022) e parece estar longe de terminar. Em meio a acusações, bombardeios, dezenas de milhares de mortes, crimes sexuais e pessoas tornando-se refugiadas, não há diplomacia e sanções que tenham conseguido resolver o conflito.
Nesses 180 dias, milhares de soldados foram mortos durante batalha de ambos os lados. No entanto, os números divulgados pela Rússia e pela Ucrânia divergem também em dezenas de milhares. Como em todas as grandes guerras, a dimensão da fatalidade só fica clara anos após o conflito.
Entre os civis, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que até dia 22 de agosto 5.587 foram mortos (2.161 homens, 1.490 mulheres, 149 meninas e 175 meninos, assim como 38 crianças e 1.574 adultos com gênero desconhecido).
Além disso, 7.890 foram feridos (1.603 homens, 1.190 mulheres, 172 meninas e 236 meninos, além de 202 crianças e 4.487 adultos de gênero desconhecido). Vale lembrar que a ONU aponta dificuldade em contabilizar as vítimas da guerra devido aos poucos registros. Esse número pode ser significativamente maior.
Apesar de vizinhos, a relação entre os países nunca foi amistosa. A Rússia ameaça a independência da Ucrânia, até mesmo tendo anexado a região da Crimeia, originalmente ucraniana, como parte de seu território em 2014. O interesse em dominá-la é econômico. Na região, há “terra negra” que é ideal para a agricultura, petróleo e gás natural, principais produtos de exportação dos russos.
O clima piora com o interesse da Ucrânia de Volodymyr Zelensky de se aproximar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) e da União Europeia.
“O que definiu esse ataque russo foi um medo de perder a influência sobre a Ucrânia, o modo como ela foi se tornando cada vez mais próxima da União Europeia, por razões políticas e econômicas, muito mais do que militares. Então agora uma das ironias dessa guerra é que ela tá empurrando exatamente a Ucrânia para este caminho de distanciamento né, então aprofundou essa distância com relação à Rússia”, afirma o cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Maurício Santoro.
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