O rublo russo atingiu um novo recorde de desvalorização nesta segunda-feira (14/08/2023), passando para a marca de 101 em relação ao dólar. Esse é o nível mais baixo que a moeda russa já registrou desde março do ano passado, quando, devido à invasão militar na Ucrânia, o rublo chegou a ficar em 130 por dólar. Apenas neste ano, a moeda caiu 25%.
Entre os principais influenciadores para o resultado estão as sanções ocidentais, que pesam sobre as exportações e enfraquecem a demanda pela moeda nacional. Segundo dados do Banco Central da Rússia, o superávit – diferença entre exportações e importações – caiu 85% de janeiro a julho em comparação ao mesmo período de 2022.
Mais cedo, o conselheiro econômico do presidente Vladimir Putin, Maksim Oreshkin, culpou o rublo fraco pela “política monetária frouxa” de Moscou. Em artigo de opinião para a estatal Tass, ele afirmou que um rublo forte é do interesse da economia russa e que uma moeda fraca “complica a reestruturação econômica do país”.
“A principal fonte de enfraquecimento do rublo e aceleração da inflação é a política monetária branda. O Banco Central tem todas as ferramentas para normalizar a situação no futuro próximo e garantir que as taxas de empréstimo sejam reduzidas a níveis sustentáveis”, disse Oreshkin, criticando o aumento da taxa básica de juros pela instituição, hoje em 8,5%.
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