O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu a utilização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar na criação de uma poupança regional para serviço do desenvolvimento econômico e social no Mercosul.
A declaração foi feita durante a reunião de cúpula dos líderes sul-americanos, no Palácio Itamaraty, em Brasília, nesta terça-feira (30/05/2023).
Lula propôs “colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento” como a CAF (Corporación Andina de Fomento), com sede na Venezuela, o Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), na Bolívia, o Banco do Sul, também com sede na Venezuela, e o brasileiro BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para uma poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social.
Além disso, Lula também voltou a defender a criação de uma moeda unificada no Mercosul.
Em seu discurso de abertura, Lula elencou as propostas econômicas para o bloco. Dentre elas, sugeriu aprofundar a “identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficiente e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais.”
Em complemento, considerou também “implementar iniciativas de convergência regulatória, facilitando trâmites e desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens.”
“Entendemos que a integração sul-americana é essencial para o fortalecimento da unidade da América Latina e do Caribe. Uma América do Sul forte, confiante e politicamente organizada amplia as possibilidades de afirmar, no plano internacional, uma verdadeira identidade latino-americana e caribenha”, disse Lula.
No entanto, ressaltou que novas iniciativas precisam ser tomadas para aumentar a atividade da reunião de países. “A integração da América do Sul depende desse sentimento de pertencer a uma mesma comunidade.”
Relembrou que, por mais de dez anos, a Unasul permitiu os países se conhecerem melhor e consolidar laços por meio de amplo diálogo político que acomodava diferenças e permitia identificar denominadores comuns. Implementamos iniciativas de cooperação em áreas como saúde, infraestrutura e defesa.
“Essa integração também contribuiu para ganhos comerciais importantes. Formamos uma robusta área de livre-comércio, cujas cifras alcançaram valor recorde de US$ 124 bilhões em 2011.”
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