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Lula pressiona Tebet a fazer operação no CAF de US$ 1 bilhão para a Argentina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou a estrutura ministerial do governo para influenciar na decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de emprestar US$ 7,5 bilhões à Argentina, que enfrenta uma grave crise financeira. Lula pressionou a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a autorizar uma operação de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) mesmo com o país vizinho sem crédito, e dar vantagem ao candidato do governo argentino na eleição presidencial deste ano, Sergio Massa, sobre o principal concorrente, o libertário Javier Milei, que vem crescendo nas pesquisas.

A operação foi revelada nesta quarta-feira (04/10/2023) pelo jornal O Estado de São Paulo. Segundo o site Gazeta do Povo, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que o conteúdo da reportagem não procede.

Segundo a apuração, Lula teria pressionado a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a aprovar uma operação de US$ 1 bilhão à Argentina no CAF, do qual é governadora pelo Brasil. O país tem 37,3% de participação na instituição e maior peso de influência nas decisões.

Como a Argentina já havia atingido o limite de crédito no CAF, um novo acesso a recursos não poderia ser feito. No entanto, com o aval de Tebet após pressão de Lula, a maioria dos países-membros aprovou a medida – exceto o Peru. Assim, a intervenção do presidente com o “empréstimo-ponte” garantiu a transferência direta de US$ 7,5 bilhões do FMI em nome da Argentina.

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