A Globo renovou seu contrato com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) até 2026 e assegurou os direitos de transmissão da próxima Copa do Mundo, que acontecerá nos Estados Unidos, no México e no Canadá. Mas o novo acordo contempla algo que não acontecia desde 2002. O conglomerado de mídia abriu mão da exclusividade do campeonato em todas as mídias –TV aberta, TV por assinatura e mídias digitais. Com este acordo, a emissora economiza milhões de dólares.
Na internet, a Globo já havia deixado de ter exclusividade no ano passado, o que permitiu que o streamer Casimiro transmitisse as partidas da Copa do Catar. A novidade passa a ser na mídia tradicional, onde a Globo reinou com a Copa nos últimos anos. Com isso, o caminho passa a ficar aberto para outras emissoras que transmitem futebol –como Band e SBT.
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Segundo informações de Gabriel Vaquer, no site Notícias da TV, o novo contrato entre Globo e Fifa é semelhante ao que existe hoje entre a líder de audiência e o COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos Olímpicos. A Globo tem um vínculo longo, até 2032, para direitos no Brasil, mas abriu mão da exclusividade na TV aberta e no digital.
A emissora aposta neste novo modelo principalmente porque poderá economizar milhões de dólares. O atual vínculo, que se encerra em dezembro, foi assinado em 2015 pela quantia de US$ 90 milhões (R$ 484 milhões na cotação atual). Em 2020, a Globo entrou na Justiça para suspender a anuidade por causa da crise econômica.
No ano seguinte, a emissora conseguiu renegociar a dívida com a Fifa e regulamentou os pagamentos. A parcela deste ano, inclusive, foi paga no último mês de junho. Em troca, a Globo abriu mão da exclusividade do Mundial na internet e deu espaço na televisão aberta para eventos da entidade fora do futebol tradicional, como a Copa do Mundo de Futsal e de Futebol de Areia.
Na Copa de 2026, a Globo será o principal parceiro de mídia da Fifa no Brasil, mas a entidade está livre para negociar diretamente com qualquer outra empresa que desejar transmitir os jogos. A Globo também não terá mais exigência de exibir todas as partidas possíveis do torneio. Até porque, no próximo certame, a Copa terá 48 seleções e 80 jogos. Se decidir transmitir todos, será por uma decisão editorial e não estipulada em contrato.
Agora, uma empresa de TV aberta ou TV paga que quiser exibir as partidas da Copa não precisa negociar com a Globo –que tinha o direito de negar um acordo até então. O negócio passa a ser diretamente com a Fifa. Isso pode facilitar uma volta da Band, que não transmite a Copa desde 2014; ou da Disney, que comprou direitos de melhores momentos, mas não mostra jogos ao vivo na ESPN ou Star+ desde o Mundial no Brasil.
*Informações do site Notícias da TV
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