A diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, confirmou, na última quinta-feira (01/09/2022), que a usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, teve a “integridade física violada diversas vezes”. O diplomata está liderando pessoalmente uma missão de segurança à infraestrutura, uma vez que os recentes bombardeios ao entorno do local aumentaram o risco de um desastre nuclear.
“Finalizamos a primeira perícia na usina de Zaporizhzhia, que abrangeu a área central do local. Ainda há muito o que fazer, mas o mais importante é que estabelecemos a presença contínua da equipe da AIEA na usina”, disse Grossi, acrescentando que os frequentes ataques às proximidades da infraestrutura, hoje ocupada por soldados russos, devem ser suspensos imediatamente.
Maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhia foi temporariamente desativada nos últimos dias, aumentado os temores de um vazamento de radiação ou um colapso do reator. As autoridades ucranianas começaram, por exemplo, a distribuir comprimidos de iodo anti-radiação para os moradores próximos.
Após a declaração, o vice-embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, afirmou que Moscou pediu uma reunião com o Conselho de Segurança para a próxima semana. O encontro tem como objetivo discutir o suposto bombardeio contra a usina feito pela Ucrânia. Tanto a presença de Grossi como a do secretário-geral da ONU, António Guterres, foram solicitadas pelo Kremlin.
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