A Câmara dos Deputados aprovou um pacote de moções de repúdio às mortes e aos ataques entre Israel e Hamas. O tema foi destaque em votação nesta terça-feira (10/10/2023), e também palco de discussão entre os parlamentares: deputados divergiram a respeito da posição que deveria ser adotada em relação a Israel.
Deputados da base do governo, da federação PT-PCdoB-PV, criticaram a violência nos dois lados, e defenderam que a moção deveria se opor tanto a Israel quanto ao Hamas, enquanto a oposição questionou e manteve posicionamento apenas em relação ao grupo que deu início à nova onda de ataques no Oriente Médio.
“Repudiamos o ataque feito pelo Hamas a cidadãos israelenses, mas também repudiamos o uso desproporcional da força contra palestinos e conclamamos toda a comunidade internacional para que haja o reconhecimento de ambos os Estados”, defendeu o deputado Odair Cunha (PT-MG).
André Fernandes (PL-CE) e outros parlamentares, por outro lado, disseram que os governistas deveriam reconhecer o Hamas como um grupo terrorista: “Há dois anos, ministros do PT assinaram nota dizendo que o Hamas não é um grupo terrorista, mas vêm posar de bonzinhos quando são assassinadas crianças e mulheres”.
Parlamentares que queriam a posição apenas contra o Hamas chegaram a fazer um protesto em plenário contra a aprovação em bloco – inicialmente, os deputados aprovaram por 312 votos a favor e nenhum contra 17 moções. O tema não voltou a ser discutido após a retomada da sessão.
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