Em discurso de posse como presidente da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (01/02/2023), Arthur Lira (PP-AL) classificou a data como “a prova de que o Brasil é uma democracia madura, preparada e feita por uma ampla maioria de pessoas que luta e defende a liberdade, o direito ao contraditório, a esperança num futuro de prosperidade e na melhoria na vida do povo brasileiro”.
Segundo o parlamentar, a diversidade cultural do Brasil só é possível porque a nação é democrática, e não há espaço no País para quem atenta contra os Poderes da República, “que simbolizam a nossa democracia”.
“Esta Casa não acolherá, defenderá ou referendará nenhum ato, discurso ou manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar, terá a repulsa deste Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei. Para aqueles que depredaram, vandalizaram e envergonharam o povo brasileiro, haverá, sim, o rigor da lei”, prometeu Lira.
O presidente da Câmara ressaltou ainda que “a baderna de alguns atacando materialmente” a democracia não tirará a presença desta na “vida do dia a dia do espírito dos brasileiros”. Dirigindo-se aos “vândalos e instrumentadores do caos que promoveram o 8 de janeiro passado”, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, Lira disse que a democracia é o único regime político que prosperará no País. “Jamais haverá um Brasil sem eleições livre e representantes escolhidos pelo voto popular. Jamais haverá um Brasil sem liberdade”, pontuou.
Entretanto, para preservar esses valores democráticos, acrescentou o parlamentar, a classe política, o Judiciário, a imprensa e segmentos sociais e empresariais precisam fazer uma autocrítica. “O processo de criminalização da política, iniciado há quase uma década, abalou a representatividade de diversas instituições e seus representantes. Transformaram denúncia que deveriam ser apuradas sobre o manto da lei em verdadeiras execuções públicas. Empresas foram destruídas, empregos foram ceifados, reputações jogadas na lata do lixo. Esses atos, muitas vezes, burlaram as leis, o direito à defesa e foram o estopim para um clima hostil em relação à política”, justificou.
Nesse período de quase uma década, de acordo com Lira, houve um acirramento de opiniões, que fez amigos virarem inimigos, dividiu famílias, causou mortes e colocou em risco a atividade e a vida de entes públicos. Para o deputado, culpar apenas os indignados com a política “por esse clima de ódio”, porém, é diminuir o problema.
“Todos temos que assumir nossas responsabilidades, fazer autocrítica e trabalhar para mudar definitivamente este ambiente nefasto. Não devemos mais tolerar que presidentes, parlamentares, ministros, dirigentes políticos ou qualquer cidadão sejam ameaçados nem física, nem virtualmente por radicais, seja qual for sua vertente ideológica, apenas por divergência de opinião. A essência do brasileiro, nossa civilidade, educação e respeito ao próximo não pode se perder diante da escalada de uma suposta polarização”.
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