A economia da Argentina sangra na primeira manhã, ocorrida nesta segunda (14/08/2023), após o ultradireitista Javier Milei surgir como grande vencedor das eleições primárias. O dólar dispara mais de 20%, os títulos argentinos caem mais de 10% e, em reação, o Banco Central da Argentina subiu o juro básico em 21 pontos, para 118% ao ano.
Todos os principais ativos financeiros argentinos reagem negativamente ao resultado das urnas. Com a leitura de que há chance de vitória de um candidato com ideias radicais para a economia da Argentina, o investidor prefere vender e os preços despencam.
A primeira – e mais explícita – reação aparece no câmbio. A moeda argentina sofre forte desvalorização desde os primeiros negócios. Às 11h30 no horário de Brasília, o dólar oficial era negociado com alta de 21,81%, a 394,95 pesos. Há oito meses, no fim de 2022, o dólar era negociado a 176 pesos no mercado oficial – entre bancos. Desde então, subiu 124%.
No mercado paralelo, o chamado “dólar blue”, também sobe cerca de 10% e o dólar é negociado nesta manhã por volta de 670 pesos nas casas de câmbio do centro de Buenos Aires, segundo a imprensa argentina.
O efeito, porém, vai além do dólar. A Bolsa de Buenos Aires abriu os negócios com queda superior a 3% do índice Merval. Em Nova York, títulos da dívida argentina – que já são negociados com grande desconto diante do risco de calote – começaram a semana com quedas que chegaram a 13% diante da leitura de piora das condições do país vizinho.
*Informações do site CNN Brasil
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