Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o novo aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras para esta 3ª feira (2.mar).
Ao chegar ao Palácio da Alvorada, o presidente questionou a um grupo de apoiadores que o aguardava: “Gostaram do novo aumento da gasolina amanhã?”. Ao receber como resposta “péssimo” e “está difícil”, Bolsonaro acrescentou: “E ele só sai depois do dia 20”.
Ele, no caso, é o atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, cujo mandato termina após o dia 20 de março. Defensor da atual política de alinhamento de preços aos do mercado internacional, ele vem sendo criticado por Bolsonaro.
O presidente acrescentou que o substituto de Castello Branco não irá interferir diretamente no preço dos combustíveis. “Mas tem como atacar outras áreas, como fraude, batismo, preço abusivo, para diminuir o preço. Porque, nos dois anos em que ele esteve lá, nada disso foi levado em conta”, disse, novamente sem citar o nome do atual chefe da Petrobras.
Bolsonaro também defendeu que o sucessor de Castello Branco busque “maneira de termos mais refinarias no Brasil. Eu sei que demora, mas tem que começar”.
Aumento
O novo reajuste foi anunciado pela Petrobras na manhã desta 2ª. O preço médio de venda de gasolina da estatal para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,60 por litro. Já o do diesel será de R$ 2,71 por litro, e o do GLP da Petrobras passará para R$ 39,69 por 13 kg.
A gasolina sofrerá uma alta de R$ 0,12 nas refinarias, o que equivale a 4,7%. Já o diesel teve acréscimo de R$ 0,13, ou 5% e o gás de cozinha de R$ 1,90 por 13 kg, no quinto aumento do ano.
Em nota, a Petrobras informa “que os valores praticados nas refinarias são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, ressalta.