O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), deu detalhes sobre o relatório da CPI, que será apresentado na comissão na próxima terça-feira (19/10/2021). A versão final do documento será discutida, individualmente, a partir desta sexta-feira (15/10/2021), com integrantes do colegiado, com exceção dos governistas.
Em entrevista ao Portal SBT News, Calheiros confirmou que o relatório irá sugerir o indiciamento de cerca de 40 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
“Com relação ao ex-ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) nós já avançamos bastante em relação aos tipos penais. Nós mandaremos para a Procuradoria-Geral da República os seus crimes conexos com os crimes do presidente da República e o que não for conexo vai para a primeira instância”, acrescentou o relator.
Calheiros disse ainda que a equipe dele avalia sugerir indiciamento para o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para os filhos do presidente e até para o ministro da Defesa, general Braga Netto, que, enquanto era ministro da Casa Civil, coordenou o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, criado pelo governo para propor ações interministeriais de enfrentamento à pandemia.
“Nós estamos avaliando as demais possibilidades: dos filhos (do Presidente Jair Bolsonaro, do Braga Netto (Ministro da Defesa). Essas coisas ainda estão discutidas, estudadas, para que a gente tenha uma deliberação antes da apresentação do relatório”, afirmou Renan
Além de sugerir o indicamento de autoridades, o relator da CPI também quer responsabilizar o Estado, por meio da criação de uma pensão para órfãos que perderam um dos genitores ou responsáveis pela covid-19.
“A do órfão é uma pensão especial, até completar 21 anos de idade, além disso a inclusão da covid na relação de doenças que permitirá, depois da perícia médica, a aposentadoria por invalidez”, esclareceu Calheiros.
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