A Rússia anunciou nesta sexta-feira (11/11/2022) que suas forças completaram a retirada da estratégica cidade ucraniana de Kherson, depois que a Ucrânia disse ter recuperado dezenas de assentamentos repletos de minas terrestres abandonados pelos russos.
O Ministério da Defesa russo disse que terminou a retirada de tropas da margem ocidental do rio Dnipro, informou a agência de notícias estatal russa TASS, apenas dois dias depois de Moscou anunciar a retirada.
Não houve comentários imediatos da Ucrânia, mas o anúncio parece contradizer os relatos ucranianos de que milhares de soldados russos ainda estavam no lado Oeste do rio.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse à Reuters na quinta-feira (10/111) que levaria pelo menos uma semana para a Rússia se retirar de Kherson. Ele estimou que a Rússia ainda tinha 40.000 soldados na região, e disse que a inteligência mostrou que suas forças permaneceram dentro e ao redor da cidade.
O presidente Volodymyr Zelensky disse em um discurso noturno que as forças ucranianas libertaram 41 assentamentos enquanto avançavam pelo Sul, indicando uma das mudanças de controle mais rápidas e dramáticas em quase nove meses de guerra.
A Reuters não conseguiu verificar a extensão do avanço ucraniano ou o status da retirada da Rússia.
Yaroslav Yanushevych, governador ucraniano de Kherson, postou um vídeo no Telegram de soldados da 59ª brigada motorizada caminhando pela vila libertada de Blahodatne, que fica a cerca de 20 km dos arredores de Kherson, agitando bandeiras ucranianas.
No vilarejo de Posad Pokrovskiy, alcançado pela Reuters cerca de 12 km na estrada, prédios destruídos e um caminhão destruído parado na estrada para Kherson marcavam a antiga linha de frente. Uma bandeira ucraniana tremulava acima de um ponto de ônibus marcado por buracos de bala.
Casas e prédios em ambos os lados da estrada foram destruídos pelo fogo de artilharia e galhos quebrados pendurados nos troncos das árvores ao longo da estrada. Soldados ucranianos ocuparam postos de controle acenando para veículos militares ucranianos que passavam.
*Informações do site CNN Brasil
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