O Athletico-PR empatou com o Palmeiras em 2 a 2 e está na final da Libertadores da América após 17 anos. Com a vantagem de 1 a 0 construída na Arena da Baixada, o Furacão não se intimidou no Allianz Parque, nesta terça-feira (06/09/2022), e buscou a igualdade no placar após estar perdendo por dois gols. Gustavo Scarpa e Gustavo Gómez colocaram o Verdão na frente, mas Pablo e Terans garantiram a classificação heroica.
Agora, o Athletico aguarda o jogo entre Flamengo e Vélez Sarsfield, que se enfrentam nesta quarta-feira (07/09), às 21h30, no Maracanã, para conhecer seu adversário na finalíssima. O Rubro-Negro tem vantagem de 4 a 0, e, caso confirme a vaga, a Libertadores terá a terceira final brasileira seguida, algo inédito na competição. A partida será no dia 29 de outubro, em jogo único no Estádio Monumental Isidro, em Guayaquil, no Equador.
Enquanto o Athletico-PR perdeu Hugo Moura e o técnico Felipão, expulsos na ida, o Palmeiras foi a campo sem Veiga, lesionado, e Danilo, suspenso, mas pôde contar com a volta de Scarpa, que não jogou a ida, também suspenso. Iluminado, o meia precisou de pouco menos de três minutos para marcar, para a explosão de um Allianz Parque lotado.
Logo na primeira investida da primeira etapa, Zé Rafael fez boa jogada pela esquerda e cruzou para a área, Pedro Henrique cortou errado, e a bola sobrou limpa para Scarpa, que teve o trabalho de apenas tirar do goleiro Bento.
O Athletico não sentiu o baque, pressionou a saída do adversário e tentou propor, enquanto o Palmeiras respondeu com descidas rápidas. Aos 27 minutos, aconteceu o primeiro lance polêmico da noite: Rony levou uma cotovelada de Alex Santana, mas a arbitragem entendeu que o cartão amarelo era suficiente.
Já no finalzinho da primeira etapa, o zagueiro Murilo entrou com as travas da chuteira, de cima para baixo, na coxa de Vitor Roque. Com auxílio do VAR, o árbitro Esteban Ostojich expulsou o atleta.
Com a bola rolando, o alviverde criou boas chances de fora da área, mas ou parou em Bento ou foi travado. Nenhuma das equipes, porém, criou outra chance claríssima de gol, e a partida foi ao intervalo ainda em 1 a 0.
Para o segundo tempo, Abel Ferreira colocou Luan no lugar de Bruno tabata para recompor a zaga, enquanto Paulo Turra trocou seus dois jogadores com cartão amarelo: Canobbio deu lugar a Rômulo, e Alex Santana saiu para a entrada de Terans, além de colocar o lateral Pedrinho no lugar de Abner Vinícius.
Com um a menos, o Palmeiras deu a bola para o Furacão tentar criar e apostou no contra-ataque. Mas foi numa cobrança de lateral de Marcos Rocha para a área que o Verdão encontrou o segundo gol. Após lançamento com as mãos na área, Gustavo Gomes desviou de cabeça, encobrindo Bento, aos nove minutos. O 2 a 0 colocava a equipe da casa na final.
De prontidão, Paulo Turra e Felipão, este último dos camarotes, chamaram o centroavante Pablo para o lugar do volante Erick. O centroavante entrou com estrela e marcou aos 18 minutos, quando Thiago Heleno lançou na área Vitinho, que cruzou na segunda trave para Vitor Roque. O garoto tocou para trás, e Pablo empurrou para o gol. Weverton até conseguiu pegar, mas a bola já havia ultrapassado a linha. Sem o critério do gol fora de casa, o 2 a 1 encaminhava a decisão para os pênaltis.
O Palmeiras continuou com boas descidas e quase ampliou aos 27 minutos, quando Dudu fez linda jogada e deixou Gabriel Menino cara a cara com Bento. O volante finalizou firme, mas parou nas mãos do goleiro. Depois desse lance, o Furacão teve muita posse de bola, principalmente na intermediária ofensiva, mas não conseguia furar o bloqueio alviverde. Foi justamente num chute de fora da área que o Athletico conseguiu o empate.
Aos 39 minutos, Terans, que entrou no intervalo, arriscou de longe, a bola desviou em Piquerez, matou a reação de Weverton e foi às redes. O 2 a 2 foi suficiente para o Furacão voltar à final da maior competição de clubes do continente após 17 anos. Esta foi a primeira vez que Abel Ferreira perdeu um mata-mata na Libertadores.
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