O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, deve ser um dos primeiros alvos da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. A comissão foi criada formalmente nesta quarta-feira (26/04/2023) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O deputado Domingos Sávio (PL-MG), que integra a Frente Parlamentar da Agropecuária, disse em entrevista ao site SBT News, que Stedile tem que explicar as suas ligações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se referindo à participação do ativista na comitiva oficial à China, no início deste mês. “E se ele for à CPI e insistir em fazer apologia ao crime, ele tem que sair de lá preso”, afirma.
Notícia-crime
Stédile já é alvo de uma notícia-crime, protocolada no Ministério Público de São Paulo, por parlamentares da oposição ao Governo Lula. Os deputados acusam o líder dos sem-terra de incitar invasões em propriedades rurais, o que poderia configurar diversos crimes e causar danos aos proprietários de terras.
No ofício apresentado, os deputados destacam um trecho de um vídeo no qual Stédile confirma a continuidade das invasões pelo MST. A notícia-crime ainda ressalta que o Poder Público não pode ser leniente com o cenário de ameaças e pede que seja aplicado aos acampamentos do MST o mesmo critério determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em relação aos acampamentos montados próximos aos quartéis do Exército, que ordenou o desmonte das barracas e a desocupação da área.
A notícia-crime foi assinada pelos deputados federais Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL), Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Evair Melo (PP-ES), Maurício Marcon (Podemos-RS), Adriana Ventura (Novo-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Dr. Frederico (Patriota-MG), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), e Kim Kataguiri (União-SP).
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