De acordo com o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto, o Exército Brasileiro “desistiu” da operação de retirada de manifestantes em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, iniciada na manhã desta quinta-feira (29/10/2022). A operação feita em uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e militares foi interrompida após manifestantes hostilizarem servidores públicos que desmontavam estruturas abandonadas.
“A coordenação da operação é do Exército Brasileiro. Nós tinhamos cerca de 500 policias militares em condições, com forças de missões especiais, e o Exército desistiu da operação, optou por eles mesmos fazerem a retirada no local. Não houve falta de segurança a nenhum servidor. O que houve foi que inicialmente eles tentaram, eles com o DF Legal — e eu já havia alertado que os manifestantes seriam hostis –, e eles desistiram da operação por entender que o Exército Brasileiro conseguiria fazer essa operação sozinho”, expôs o comandante.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, acrescentou que o governo do DF segue à disposição do Exército para novas ações de retirada de manifestantes. “Pelo que eu tenho de informações, eles continuam desocupando, retirando aquelas instalações, e nós seguimos à disposição. Como eu falo, os órgãos do GDF sempre estiveram à disposição pra acompanhar as operações ali naquela área, que é uma área militar”, reforça.
Na terça-feira (27/12), o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, havia estabelecido que o governo eleito acompanharia o processo de desmobilização voluntário do acampamento no Setor Militar Urbano de Brasília até esta 5ª. A expectativa é de que uma nova avaliação de segurança seja feita com a participação do futuro ministro da Defesa, José Múcio.
George Washington de Oliveira, preso na véspera do Natal, por estar envolvido na tentativa de atentado a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, depôs à Polícia Civil que o plano terrorista foi elaborado no acampamento em frente ao QG na capital federal. Outros manifestantes alocados no espaço teriam ajudado Washington a armar o explosivo.